quinta-feira, 2 de setembro de 2010

Nós da PHOTOFFITI conferimos!!!

Domingo passado dia 29 de Agosto a cidade de Santo André, no ABCD paulista, ganhou um pouco mais de cor em uma das suas áreas mais degradadas. Aproximadamente 200 artistas realizaram a “Intervenção Máxima”, um evento que teve como propósito alertar a população para a questão do abandono da cidade. O lugar escolhido foi uma antiga fábrica, na Avenida Industrial (próximo a estação de trem Prefeito Saladino), entregue ao descaso e ao mau aproveitamento há mais de 20 anos.

O local foi “desbravado” inicialmente pelo artista plástico Moisés Patrício, que ja vinha utilizando o espaço como um lugar de estudo e desenvolvimento de seus trabalhos há cerca de um ano. Solitário, Moisés encontrou lá um palco para uma futura intervenção artística, algo que se consolidou pouco tempo depois com a ajuda de outros colaboradores. Eles chegaram ao consenso de que o espaço poderia ser muito mais que apenas mais um lugar para pintar, e sim um manifesto contra o esquecimento. Dentre eles estão nomes conhecidos das artes visuais como Ozi e Celso Githay.

A fábrica escolhida, mais conhecida visivelmente por suas peculiares torres, atraiu de imediato a atenção de outros simpatizantes a partir do primeiro registro divulgado na internet, esse, por sua vez, o principal meio de comunicação do grupo atualmente.

Algumas incursões no local já foram feitas e contabiliza-se hoje que cerca de 80 artistas já passaram pela fábrica, como graffiteiros, pintores, fotógrafos, escultores, cinegrafistas, simpatizantes etc.

“O mais legal é ver que esse lugar virou uma galeria para a população, um alerta sobre o melhor aproveitamento dos espaços públicos, todos criando e gerando arte, livres de qualquer preconceito ou barreiras artísticas. É um movimento a favor da criação, uma celebração da arte”, afirma o “embaixador” do movimento, Moisés.

Aliás, é esse o principal objetivo da intervenção, aproximar o artista da cidade e a cidade da arte. Em um momento onde o cinza está dando lugar à cor, mas não a cor da arte e sim às agressivas cores das campanhas eleitorais, uma reflexão sobre o momento que passamos é mais que necessária.

E a procura de outros lugares não para em Santo André...
Quem souber de outros lugares em São Paulo e arredores, entre em contato.










1 ª Bienal Internacional Graffiti Fine Art


1 ª Bienal Internacional Graffiti Fine Art 03 de setembro a 03 de outubro



As intervenções urbanas sempre estiveram presentes na história da cidade, nos muros da Àgora, nos banheiros públicos, nas fotos de Brassaï, etc, mas nunca se difundiu de forma tão vasta quanto o estilo que surgiu intitulado como graffiti na NY da década de 1970. Com um estilo particular, associado ao hip hop e aos jovens dos bairros pobres da cidade, e com um procedimento transgressivo, não autorizado, varreu o planeta.

Não se trata apenas de uma corrente artística, mas de um movimento que se desencadeou ao redor do mundo conquistando os jovens que foram se desenvolvendo e, trocando informações, abraçaram o mundo com uma estética e uma estratégia de conquista de espaços jamais vista antes.

Partindo desse princípio, tendo o graffiti como uma linguagem de abrangência mundial, o MUBE realiza de forma inédita, uma exposição com artistas de renome internacional. Pela primeira vez reunindo o de fora, com obras em empenas cegas da cidade, ao de dentro, com obras no espaço museológico, ratificando o lugar engendrador da expressão: a rua. Retratando o graffiti numa linha que coloca em paralelo a expressão com outras manifestações artísticas ao longo dos tempos.

Durante todo o mês de setembro o público poderá apreciar os artistas pintando ao vivo, assistir a um ciclo de cinema com os principais filmes que influenciaram e ajudaram a difundir a cena do graffiti, além de participar das mesas de debates com profissionais, artistas e intelectuais de distintas áreas: teoria da arte, ong´s, mercado da arte, urbanismo e arquitetura.

Esta Bienal pretende chamar a atenção da sociedade para o que esta acontecendo nas ruas das grandes metrópoles, colocando o Brasil como referência inescapável para quem se debruça sobre a arte de hoje.

- Curadoria: Binho Ribeiro - Curadoria (Núcleo Histórico e Cinema): Walter Nomura (Tinho), Sérgio Poato e Sérgio Franco - Curadoria (Fotografia) - Flavio Samelo - Diretor de Arte: André Luis Carvalho - Coordenação Geral: Renata de Azevedo Silva - Produção: Fernando Lopes, Marcela Gonçalves, Marleni Dianni e Paula Neubauer. - Realização: Museu Brasileiro da Escultura

sexta-feira, 18 de junho de 2010

Arte debaixo da ponte

O Minhocão, elevado do centro de São Paulo, está em processo de reforma. O projeto da prefeitura prevê a eliminação de diversos problemas da obra, como infiltrações, bueiros entupidos e deterioração geral do sistema de drenagem. As pichações e grafittis também não serão poupados e, após a limpeza, os 92 pilares da via receberão tinta anti-pichação, que permite a remoção das pinturas com água e sabão.

A pedido da comunidade de artistas de rua, apenas os pilares próximos às ruas Marquês de Itu e General Jardim serão mantidos intactos. É uma tentativa de preservar a efêmera arte do graffiti nas ruas de São Paulo, o que, segundo o artista Gen Duarte em entrevista à Folha de S. Paulo, deveria ser pensado pela prefeitura. “Podia sim apagar tudo e chamar uma curadoria, que chamasse vários artistas a fazer uma composição de grafites mais harmônica.”

Tema polêmico entre a prefeitura e os artistas, resta saber se a tinta anti-pichação vai inibir a expressão dos grafiteiros ou valorizar a arte de rua, tão rara quanto efêmera. E você, o que acha?












Fonte:Zupi

Grafittis esculpidos por Alexandre Farto

A primeira coisa que chama a atenção nos trabalhos de Alexandre Farto (aka VHILS) é a textura de suas imagens. As entranhas de muros, cartazes antigos e papéis se tornam a matéria-prima de rostos icônicos e atemporais, ainda que suas “rugas” registrem as marcas da decadência urbana. A linguagem da street art de Bansky ainda está lá, mas usada em um contexto diferenciado e intrigante.

Apropriadamente batizada como Scratching the Surface (escavando a superfície, em tradução livre), esta série de trabalhos leva o ambiente urbano às galerias de arte: entre as que já expuseram as obras de Alexandre, consta a prestigiada Lazarides, em Londres. Na verdade, não parece haver fronteiras para seu método de criação, uma vez que o artista também já trabalhou com animações, instalações e em colaborações com outros artistas e coletivos musicais como os Buraka Som Sistema.








Por Fabio Machado

Fonte: http://obviousmag.org/


quarta-feira, 9 de junho de 2010

Bomb-It The Movie

O filme mais completo sobre Graffiti, com diversos dos maiores artistas de nossos tempos.

Alguns destaques que talvez sejam até conhecidos por gente que não é da área são:
Os Gemeos, Daim, Mear One, Cornbread, Dj Lady Tribe, Tats Cru, Ron English, Faith 47, Speed, Pez, Shok1, Blek Le Rat e Scage, e conta com participação de muitos outros artistas.

Afinal o grafitter-mistério fala. Banksy deu uma entrevista


Mas calma: foi por email, não revelando a identidade. O graffiter com obras avaliadas em 300 mil euros continua incógnito. Até quando?

No futuro, todos seremos anónimos por 15 minutos. A subversão do prenúncio do mestre da pop art, Andy Warhol - "um dia todos teremos direito a 15 minutos de fama" - pertence a Banksy, o grafitter mistério cuja arte urbana se transformou num fenómeno mediático global. A mensagem é simples e eficaz, como quase todas as suas criações. Mas até quando conseguirá o artista de Bristol manter-se na sombra? Talvez nunca o cheguemos a conhecer: "Pode parecer marketing, mas o anonimato é vital para o meu trabalho. Sem isso nunca conseguiria pintar", diz numa rara entrevista que deu a semana passada ao "The Sunday Times". Por email, claro.

Os amigos dizem que é uma "pessoa calma, pacífica e com bom humor". Mas não é isso que o faz continuar a rastejar pelos canais mal cheirosos de Londres para desenhar um stencil num pedaço de cimento que será visto, na melhor das hipóteses, por meia-dúzia de pessoas. "Pinto porque acho que uma parede nas margens de um canal é um sítio mais interessante do que um museu", disse na mesma entrevista. Isto, independentemente de algumas das suas obras estarem avaliadas em mais de 300 mil euros e serem cobiçadas por Brad Pitt ou Jeniffer Lopez. "Ao exibires a tua arte num museu, vais estar a competir com Rembrant. Na rua, a única concorrência é o pó. Como se te misturasses com pessoas gordas para pareceres mais magro."

Banksy tem uma obsessão permanente por câmaras de vigilância, que diz serem uma das piores coisas da Inglaterra moderna. "Deixam-me com os nervos em franja. Não apenas do ponto de vista profissional, mas também filosófico. Detesto quando dizem 'se não fizeste nada de errado, nada tens a esconder. Toda a gente tem coisas a esconder, senão é porque algo está mal." No seu caso, haverá mais do que a maioria dos mortais: a arte Banksy não conhece fronteiras, vai do muro da faixa de Gaza às galerias de arte de Los Angeles ou Londres. Se o seu rosto for divulgado, o mais certo é ser acusado de vandalismo. No entanto, e apesar das raras entrevistas, a verdade é que aceitou publicar quatro páginas num dos principais jornais ingleses. "É tudo uma questão de hipocrisia." E responde com um provérbio chinês: "Se te deitas com uma armadura, dificilmente consegues dormir."

Uma das revelações da longa entrevista - que teve direito a várias réplicas da jornalista - foi a existência de uma "Mrs. Bansky", que ele carinhosamente apelida de "viúva do muro". Quanto à restante família, o grafitter confessou a desilusão da mãe quando soube que ele era Banksy: "Se és um grafitter, porque é que nunca pintaste a carrinha que estacionava sempre em frente à nossa janela?"

por André Rito, Publicado em 09 de Março de 2010

Banksy está em Nova Iorque. E já dá nas vistas


Como se sabe por onda anda Banksy? Pelos grafitti que vai deixando na rua. E é precisamente graças a ele que se sabe que o popular artista urbano inglês está em Nova Iorque.
Banksy tem andado em digressão pela América do Norte para promover o seu filme “Exit Through The Giftshop”. Deixou marcas em várias cidades, de Boston a Toronto, e tem sido acompanhado na internet em vários blogues e sites noticiosos.
Em Nova Iorque, o artista de graffiti deixou a sua declaração de amor à cidade com um graffiti que propõe um novo olhar sobre o célebre logótipo “I (coração) NY”.

terça-feira, 11 de maio de 2010

Graffiti na Pompéia

Vários grafiteiros de São Paulo se reuniram dia 08 de maio, no bairro da Pompéia, zona oeste da cidade, para revitalizarem os muros da região. Os artistas Crânio e Boleta, a dupla 2 Mil Família e as ilustradoras Pan e Zélia estão entre os nomes da arte urbana paulistana que trabalharam no sábado.

A iniciativa é transformar a região em um museu a céu aberto e preparar o espaço para a 23º Feira de Artes da Villa Pompéia, que ocorre nesse domingo, 16 de maio. Além disso, o evento teve como obejtivo deixar um legado no bairro, que deseja realizar no próximo ano uma mostra nacional de graffiti e arte urbana.





A artista Tica ilustrando na Pompéia
O grafiteiro Boleta deixa sua arte nos muros da Pompéia

Grafiteiros fazem sua arte lado a lado no bairro da Pompéia, em São Paulo
Zélia trabalha em um dos muros do colégio Santos Dumont, na Pompéia, em São Paulo
A dupla de grafiteiros 2 Mil Família participou do movimento no sábado, dia 08 de maio
O trabalho de Crânio é um dos que recobrem os muros da Pompéia

Fonte: Zupi

segunda-feira, 3 de maio de 2010

Grafite Vs Pichação

Mini documentário sobre as principais características e diferenças do grafite e da pichação.

quinta-feira, 15 de abril de 2010

Projeto Cores Vivas Cidade Tiradentes



Graffitti do Cidade Tiradentes Cores Vivas

Com o objetivo de difundir o graffiti como arte e tirar o estigma de vandalismo, que nasceu com a pixação, a subprefeitura de Cidade Tiradentes lançou o Cidade Tiradentes Cores Vivas. A ideia do projeto surgiu a partir das aulas de graffiti de Kadu Credo, realizadas na Estação de Juventude. A Estação é um espaço destinado aos jovens da comunidade, onde Kadu reúne os alunos com os grafiteiros da região para desenhar alguns muros da região.

Além de fomentar o graffiti, o subprefeito Renato Barreiros explica que o projeto também tem a finalidade de expor e divulgar os trabalhos dos grafiteiros do bairro no centro da cidade. “Muitas vezes, o trabalho dos artistas fica muito limitado a Cidade Tiradentes. Pretendemos com as exposições levar estes trabalhos ao centro de São Paulo e tentar reverter à imagem ruim que o bairro tem”.

Outro trabalho importante que o Cores Vivas tem realizado é o Caminhão Antipichação. O professor Kadu ministrou uma palestra aos funcionários dos caminhões que limpam os muros da cidade. Durante a palestra, ele focou na história do graffti e na diferença entre arte urbana e pixo, Para completar, o caminhão agora virou parceiro dos grafiteiros: “no final do ano passado rolou a primeira experiência com o Jato Grafite, que é a utilização do transporte para desenhar nos muros da cidade”, conta Renato.

O primeiro trabalho com o Jato a Grafite foi a pintura da bandeira do Brasil, reproduzida em vários muros para a Copa do Mundo, e depois a mensagem de Ano Novo. “Estamos aprimorando a técnica, pois o material do caminhão antipichação (cal com corante) é muito diferente da tinta dos Sprays,” explica o subprefeito.

O próximo encontro está previsto para o dia 21 de Abril em comemoração ao 26º aniversário de Cidade Tiradentes e o trabalho do Cores Vivas está em exposição no Mercado Mundo Mix.


Fonte: Marina Mantovanini especial para o Catraca Livre em 14/04/10

sábado, 3 de abril de 2010

Mulheres que grafitam!

Assim como em outros setores da sociedade, as mulheres também têm ampliado sua participação no mundo do grafite.

Há 20 anos, por exemplo, o Brasil não possuía nenhuma representante do sexo feminino entre os destaques desse tipo de arte plástica. Hoje, nomes como Miss Van e Nina Pandolfo são referência para uma nova e significativa geração de garotas que estão invadindo ruas, prédios e galerias com estilos bem característicos.

“É natural que seja um ambiente masculino. Os meninos geralmente são criados para ir para a rua, e as meninas, para ficar em casa”, argumenta Kátia Suzue, 28 anos, que começou a grafitar em 2005. “Eu estava na faculdade de Arte e já conhecia um pessoal do grafite, mas não me dedicava a isso. Daí pensei que era mais uma técnica para aprender e resolvi que, para isso, eu tinha de ir para as ruas”.

Para Suzue, a maior dificuldade foi dominar a técnica do spray. “E tem o lance de enfrentar a rua, que é onde o artista cresce. Com o tempo, quanto mais você pintar nas ruas, melhor será o seu trabalho”, ensina. A reação da família, segundo ela, foi positiva. A mãe, que vive no Japão, se emocionou ao ver os desenhos da filha durante uma visita a São Paulo. A avó também incentiva, mas reclama: “Ela dá bronca pelas roupas sujas de tinta”, diverte-se Suzue.

Uma estratégia feminina para furar o bloqueio dos homens, no grafite, é a união em grupos. Suzue é uma das sete integrantes do Grupo Noturna, que, por sua vez, participa da rede virtual Grafiteiras BR. “É claro que é mais fácil encontrar meninos que pintam mas, de dois anos para cá, acho que o número de meninas que fazem esse tipo de arte aumentou pelo menos dez vezes”, avalia Ana Carolina Meszaros, a Tica, 21 anos, que também faz parte do Noturna.

Sua relação com o grafite, ironicamente, começou por causa de um rapaz. “Eu tinha uns 15 anos e minhas amigas costumavam inventar todo tipo de atividade, banda de música, dança, essas coisas. Aí uma delas começou a namorar um grafiteiro e eu, que já desenhava, me interessei”, conta Tica. Autodidata, a artista não freqüentou cursos e diz que demorou “uns dois anos” até desenvolver um estilo próprio.

“A primeira vez que pintei um muro, na estação Barra Funda do metrô paulistano, em 2002, quase chorei”, confessa. “É um material difícil de aprender a lidar e só com muito tempo de pintura vai ficando mais fácil. Sempre gosto mais dos trabalhos mais recentes, pois eles vão evoluindo”. Tica revela que, no início, sua mãe estranhava quando ela saía cedo de casa, com uma mochila pesada e roupas próprias “para sujar”. “Ela não queria que eu fosse grafiteira”, admite.

“Mas depois foi ficando com orgulho e até me contou que às vezes, quando passa de ônibus em frente a uma parede pintada por mim, tem vontade de cutucar os outros passageiros e dizer que foi sua filha que fez”, afirma Tica, entre risos. Uma reação materna ainda mais empolgante foi vivenciada por um dos ícones entre as mulheres que grafitam, Nina Pandolfo, 31 anos. Depois de três anos nesse tipo de arte, em 1994, pintou a dúvida adolescente sobre o que ia fazer na vida. Sua mãe foi incisiva, dizendo que ela seria a melhor profissional naquilo que fizesse com amor, que tivesse satisfação pessoal.

“Ela falou que, por isso, eu teria que seguir o caminho da arte”, lembra Nina, para quem o grafite tem função social. “Acho que o povo não tem tempo ou costume de ir a uma galeria, um teatro. Então, o grafite vai até onde as pessoas estão”. Por esse motivo, uma das experiências mais marcantes de sua carreira ocorreu em Havana, Cuba, há dois anos, quando decidiu fazer grafites em uma vila bem humilde.

“Eu estive com o povo, vi como eles vivem. Uma mulher, maravilhada, contava ao filho que o desenho saía de dentro da lata da spray. Para eles, era algum tipo de mágica”.

Por: Marcos Palhares



Kátia Suzue - Na Intervenção nas ruas da Vila Buarque no Dia do Graffiti 2010, organizada pelo Ação Educativa.




Fotos de Vanessa Osório - Dia do Graffiti - 27/03/2010 - Intervenção nas ruas da Vila Buarque

sábado, 27 de março de 2010

Urban Fest 2010 (Adiado)


A Zupi, partner do evento, comunica que o URBAN FEST foi adiado sem previsão de realização.

As manifestações dos movimentos urbanos - seja na dança, na música, na moda, na prática de esportes e principalmente nas artes –, em específico a Arte Graffiti, estão na ordem do dia. A rua virou palco de artistas anônimos que começaram a se expressar voluntariamente. É a cultura urbana em todas as suas formas.
Para celebrar a arte e os movimentos que trazem cor, harmonia, informação e estilo de vida, a AM3 Feiras criou o URBAN FEST, feira de cultura, atividades e moda urbana, que apresentará o K.O.B. “KING OF BRASIL” 1ª Batalha Nacional de Graffiti.

É a oportunidade de ver e sentir o que acontece no ambiente dos grandes centros urbanos.

Abaixo, segue parte do comunicado enviado pelos organizadores.

Apesar do Projeto ‘Urban Fest e K.O.B – King of Brasil’ terem sido amplamente aceitos por apoiadores, mídia e pelo público do graffiti, informamos que teremos que adiar a data do evento por falta de apoio financeiro das empresas ligadas a este amplo universo da cultura urbana, por diversos motivos alegados.
Assim que nova data e local forem definidas, comunicaremos a todos.

Sobre qualquer definição por parte dos organizadores, daremos mais informações através do blog.

+Informações:
Exposição: URBAN FEST 2010
Contato: 11 3624 8466 / 11 6525 5098
Site: www.urbanfest.com.br

Fonte: Zupi.com.br

Exposição com obras de Andy Warhol

Público confere exposição com obras de Andy Warhol, em cartaz na Pinacoteca de São Paulo - Foto: AFP

A exposição Andy Warhol, Mr. America foi aberta ao público de São Paulo dia 20 de março, onde fica em cartaz até o dia 23 de maio. São 44 filmes, 26 pinturas, 58 gravuras, 39 fotos e duas ilustrações expostas na Pinacoteca, próximo à estação da Luz do metrô.

Warhol é o nome mais conhecido do movimento chamado pop art, surgido na Inglaterra na década de 1950, mas que floresceu somente nos anos 1960. Os artistas da época usavam produtos do capitalismo (como embalagens e propagandas) para expressar arte, fazendo assim uma crítica ao consumo de massa.

A mostra foi organizada pelo The Andy Warhol Museum, de Pittsburgh, nos Estados Unidos, e já passou por outros países da América Latina, como Colômbia e Argentina.

O público pode conferir as obras de Warhol de terça a domingo, das 10h às 18h. Os ingressos custam R$ 6, com possibilidade de meia entrada para estudantes do ensino fundamental, médio e superior.

Ação Educativa promove o Dia do Graffiti

Data será celebrada com exposição e intervenção de rua, com grupos de toda São Paulo, entre eles, coletivos de mulheres e de adolescentes da Fundação Casa.

Pelo sétimo ano consecutivo a Ação Educativa realiza, no dia 27 de março, um evento para comemorar o dia do grafite. Além de fazer parte do calendário oficial da cidade de São Paulo, a data é referência para grafiteiros, ativistas do movimento e admiradores dessa arte. Nesse ano, a personalidade homenageada será Ozeas Duarte, um dos expoentes dessa linguagem e pioneiros do grafite na cidade.

A abertura será no dia 26 de março, na sede da Ação Educativa e durará o mês todo. No dia, serão expostas 27 obras de artistas indicados por sete grupos da cidade, articulados no núcleo de grafite do Espaço de Cultura e Mobilização Social da Ação Educativa. A ocasião marca a transformação do Espaço no Ponto de Cultura Periferia no Centro.

Três adolescentes e três educadores da Fundação Casa (antiga Febem) também exporão suas obras na mostra. Dentre os coletivos envolvidos na organização do evento, estão: 5 Zonas, CDV, Coletivo Água Branca, Stensil BR, Imargem, Cedeca Interlagos e Noturnas. O coletivo das Noturnas é um grupo de grafiteiras mulheres.

Arte de rua, na rua

No dia seguinte, haverá uma intervenção no centro de São Paulo. O quarteirão das ruas Maria Borba e Cesário da Mota, na Vila Buarque, será fechado para que os grafiteiros possam exibir sua arte. Diferente dos outros anos, a intervenção acontece apenas no centro, e não em outras regiões da cidade. “Este ano, quisemos reforçar a presença da arte da periferia no centro, que a idéia-motriz do Porto de Cultura da Ação Educativa”, explica Rodrigo Medeiros, coordenador do projeto Arte na Casa e um dos organizadores das atividades do Dia do Grafite.

As discussões em torno do grafite representam um debate maior sobre o que pode ser considerado arte hoje. Para alguns, o grafite não passa de pichação de rua, sujeira ou poluição visual. Para outros, porém, o grafite é uma manifestação artística pura, ou simples poesia, como em seus primórdios – que remetem a maio de 68, na França.

Serviço: Dia do Grafite
Dias 26 e 27 de março de 2010
Dia 26 às 19h: abertura da exposição e inauguração do Ponto de Cultura Periferia no Centro
Dia 27 a partir das 10h: Intervenção nas ruas da Vila Buarque
Local: Sede da Ação Educativa. Rua General Jardim, 660. Vila Buarque.

Fonte:Ação Educativa.

PS - Gente desculpa postar isso só hoje no dia que ocorreu o evento, mas vale a pena conferir a exposição que ficará até o fim do mês na própria sede da Ação Educativa.

segunda-feira, 22 de março de 2010

Exposição Ossário por Orion

Acontece de 20 de março à 09 de maio no centro cultural banco do brasil em são paulo a exposição "ossario" do artista Alexandre conhecido como Orion. O mesmo ficou famoso por sua arte peculiar, através do projeto Arte menos Poluição, o artista fez intervenções em sete tuneis da cidade, foi feito removendo a fuligem acumulada na lateral de sete tuneis em São Paulo (mesma fuligem que gruda na nossa pele e pulmões) e dando formas de mais de 4500 crânios resultando na arte conhecida como graffiti reverso.

A ideia é expressar que o modo de vida escolhido pelo paulistano, aparentemente confortável, é falso e prejudicial à cidade. “Se a princípio as pinturas parecem inofensivas, na verdade elas contêm uma provocação em sua técnica: o fato de terem sido feitas com poluição”, diz ele, sugerindo uma reflexão sobre o modo como a cidade se auto-destroi e o compromisso ambiental de cada um neste contexto. Feito com pedaços de tecido, e água, o artista foi parado pela polícia mais de cem vezes, em 17 noites do projeto ossário nos tuneis da cidade, porém como ele não estava depredando nenhum patrimônio público, os políciais não tinham o que falar..., pelo contrário, segundo o artista ele estava prestando um serviço à prefeitura, já que é responsabilidade dos mesmos a limpeza dos tuneis. Me lembro que curiosamente na época, depois da notoriedade da obra a prefeitura lavou a parede do tunel..
O artista guardava os panos que ele utilizou nos tuneis e posteriormente lavando os panos, foi sobrando esta mesma fuligem dos tuneis, foi aí que o artista passou a guardar esta água suja e através de um processo de decantação, separou esta fuligem negra e a utilizou para pintar alguns feitos á base de poluição, estes quadros retratam imagem de carros, pessoas, e animais, dando a entender que os crânios dos tuneis também estão ali, estes quadros também estarão expostos no CCBB.



Centro Cultural Banco do Brasil - Rua Álvares Penteado, 112 - Centro
alexandreorion.com

domingo, 21 de março de 2010

Pichadores atacam painel de grafite mais famoso de São Paulo Publicidade

Um grupo de pichadores atacou, no começo desta madrugada, o painel de grafite de 680 metros na alça de acesso ao viaduto Jaceguai, trecho também conhecido como ligação Leste-Oeste. O local exibe trabalhos da dupla OsGêmeos, entre outros expoentes da street art. O mesmo trecho já havia sido atingido por agentes da prefeitura em 2008 --à época, os funcionários municipais cobriram as obras com tinta cinza por avaliar que o local era alvo de vandalismo.

Desta vez, a administração agiu rapidamente, mas para eliminar o trabalho dos pichadores e proteger os grafites. Quem passou pelo local nesta manhã nada percebeu. A extração das letras pontudas ocorreu sem danificar os desenhos e foi beneficiada pela ação de limpeza a tempo. Foram empregados água, sabão e solvente.
Reprodução
Painel feito pela famosa dupla osgemeos foi pichado nesta madrugada em SP
Painel de grafite na alça de acesso da av. 23 de Maio, que traz trabalhos da dupla Osgemeos, foi pichado nesta madrugada em SP

Além de acrescentar mais um capítulo à rixa entre os dois grupos, a ação ensaiou um protesto contra o prefeito Gilberto Kassab (DEM). Um dos recados chamava atenção para "a cidade em calamidade". Os pichadores também inseriram uma cifra no mural (R$ 200 mil) --número que atribuem ao custo da "maquiagem" no local (entre gastos com tinta, cachê para os grafiteiros etc). Por fim, escreveram ofensas pessoais a Kassab. Segundo apurou a reportagem, o grupo já tem planos para "atropelar" outros grafites.

Segundo Adriana Alves, irmã dos grafiteiros OsGêmeos, eles não iam se manifestar por "não saber do ocorrido". A prefeitura preferiu também não se posicionar sobre a questão.

O grupo do ataque desta madrugada é o mesmo que em junho de 2008 se dirigiu ao Centro Universitário Belas Artes, na Vila Mariana (zona sul), e cobriu o local com spray --da fachada às escadas, sem esquecer das salas de aula. Também estiveram nos ataques à piche na galeria Choque Cultural, em Pinheiros, e da 28ª Bienal Internacional de São Paulo, que terminou na prisão de Caroline Pivetta.

À venda

Gustavo e Otávio Pandolfo (OsGêmeos) estão trabalhando em São Paulo neste mês, levando seus traços à fachada do MAM-SP (Museu de Arte Moderna de São Paulo). Ontem, a imprensa internacional noticiou que o trabalho da dupla estará em um leilão a ser realizado em Londres em abril. Os arremates ficarão restritos à arte contemporânea das quatro potências emergentes que integram o grupo conhecido como Bric (Rússia, Índia, China e Brasil).

Entre as obras brasileiras estão "Bicho", de Lygia Clark (de R$ 489,6 mil a R$ 598,4 mil), um trabalho sem título de Helio Oiticica (de R$ 163,2 mil a R$ 217,6 mil) e "Mauria, Esmeraldo, Pomela, Nascimento, Valdelios e Amildala" (2008) dos grafiteiros paulistanos.

DIÓGENES MUNIZ
editor de Multimídia da Folha Online

terça-feira, 16 de março de 2010

Grafite se firma como arte urbana no Rio e leva oportunidade a jovens carentes

Grafiteiros unem adrenalina e técnica em desenhos por toda a cidade.
Oficinas também dão oportunidade para meninos deixarem pichação.


Muro grafitado no Jardim Botânico, Zona Sul da cidade (Foto: Thamine Leta/G1)

A reviravolta sofrida pela arte do grafite no Brasil pode ser comparada aos acontecimentos da vida do artista Rui Amaral. Há 24 anos, Rui foi preso enquanto desenhava em um muro num beco abandonado. Nessa época, o grafite[bb] era visto como pichação e não como arte urbana.


Passada a discussão e entendida a diferença entre a arte produzida pelos grafiteiros, e o vandalismo provocado por pichadores, os cariocas passaram a conviver muito bem com a cidade mais colorida e ilustrada.

“Quando fui preso as pessoas não entendiam que o que eu fazia era arte. A ideia do grafite é revitalizar os espaços, dando cor e formas que tenham a cara de cada comunidade”, contou Rui. "Hoje em dia é tudo diferente. Os grafiteiros contam com o apoio de muitas pessoas. O mercado cresceu muito”, acrescentou ele.

O mercado não está apenas favorável para quem trabalha com grafite. A arte é a oportunidade de muitos meninos e adolescentes deixarem as ruas e se tornarem grafiteiros. Essa é a missão do coordenador do núcleo de grafite da Cufa (Central Única das Favelas), Alexandre Ferreira, conhecido como Afa.

“Transformamos aqui o grafite em uma teoria de princípios pedagógicos. É impressionante como, ao conhecer o grafite, os meninos entendem que a pichação não dá barato nenhum”, disse Afa.

As aulas são dadas em oficinas de diversas comunidades. Na oficina da Cidade de Deus, na Zona Oeste da cidade, Matheus Fernandes de 18 anos conta que usava a pichação para se firmar diante dos amigos, mas ao aprender as técnicas do grafite abandonou as letras e formas sem conteúdo e agora investe em arte.

“A pichação é pura adrenalina e reconhecimento dos amigos. Hoje pego a agilidade que aprendi nas ruas com a pichação e aplico nas técnicas do grafite”, contou Matheus.

Além de aulas em comunidades, a Cufa está dando oficinas em presídios do Rio. O projeto “Rebelião Cultural” tem a intenção de tirar o detento da ociosidade.

“Temos que pensar que amanhã os presos estarão aqui fora. Precisamos dar oportunidade de crescimento a eles”, contou Afa.

Intercâmbio

Em uma cidade como o Rio, não faltam inspirações para os grafiteiros. No caso de Chico Silva, coordenador das oficinas de grafite do AfroReggae, o Hip Hop é a sua inspiração quando o assunto são desenhos coloridos. Segundo ele, o grafite é um trabalho que junta técnica com criatividade.

Desenhos coloridos e grafias diferentes nos muros do Rio (Foto: Thamine Leta/G1)

“Eu não queria marcar apenas meu nome, queria desenhar. Juntei o Hip Hop e o desenho e fui pra rua ilustrar paredes e muros”, contou ele.


Tanta dedicação ao grafite chama atenção de artistas de todo o mundo. Como experiência e aprendizagem, Chico já percorreu a Inglaterra e a Índia mostrando seu trabalho e trocando técnicas de grafite com diversos artistas.

“O grafite brasileiro é muito respeitado. Somos comparados ao futebol. Temos arte e visão urbana, isso chama atenção”, disse ele.

Evolução gráfica

O escritório de design de Bruno Bogossian ficou de lado quando a paixão pelo grafite falou mais alto. Desde 1999, quando essa arte ainda estava engatinhando no Rio, Bruno resolveu que era hora de dar vida a lugares abandonados.

A principal intenção dos grafiteiros é passar mensagens através dos desenhos (Foto: Thamine Leta/G1)

“O grafite cresceu muito, e com o esforço de grandes artistas vem o reconhecimento da cidade. A arte de ilustrar muros esquecidos faz com que o Rio fique mais colorido”, disse ele.

Fascinado pelo mundo do grafite, Bruno resolveu transformar a arte dos muros em computação gráfica.

“A computação gráfica exige outro tipo de técnica, mas também é fascinante. São meios diversos de mostrar arte", disse ele.

Ao contrário de quem largou tudo para fazer do grafite profissão, Hayala Garcia optou por ilustrar muros durante os momentos de folga.

“Continuo envolvido com o grafite, mas agora aplico o que sei em estampas de roupas. É uma forma diferente de ilustrar durante a semana o que pratico nos muros da cidade nas minhas horas de folga. Levo a linguagem da rua para a roupa”, disse ele.

Fonte: Do G1, no Rio.

Grafite para protestar contra a violência

Um coletivo de artistas pintaram um enorme painel ontem, no Centro da cidade de Fortaleza - CE, em protesto contra a violência

Provocados pelo texto "A bala que matou Marcela", do jornalista Lira Neto, publicado no Diário do Nordeste, e tomados pelo slogan "Arte contra a barbárie", do movimento teatral mineiro da década de 1990, um grupo de artistas formado por grafiteiros, produtores de teatro, música e performance, realizou, na manhã de ontem, ato contra a violência. O local escolhido foi o Centro, onde foi montado um grande painel de grafite, com esquetes teatrais com temáticas ligadas à participação cidadã contra a violência.

Traço a traço, pincelada a pincelada, aos poucos o enorme muro localizado na confluência da Avenida Duque de Caxias com a Rua Solon Pinheiro, repleto de publicidades, foi ganhando vida e se transformando em espaço simbólico de representações e encenação da luta coletiva contra a violência.

Eden, "o loro", como prefere ser chamado, do grupo Grafite Cidade, disse que a ideia é representar no desenho todo o descaso que vivenciamos com a violência, tentando traduzir essa realidade através de imagens e símbolos. O desenho começa com um navio que estaria engolindo uma cidade e finaliza com uma criança segurando uma bandeira parcialmente queimada com a frase: gentileza gera gentileza. O cartunista Glauco Villas Boas, assassinado na madrugada do dia 12, também foi homenageado nos trabalhos.

De acordo com Rodrigo de Oliveira, produtor de teatro e música, o ato representa um chamado à cidade para compor uma luta que é de todos, em prol de uma cidade mais criativa e criadora, menos fomentadora da grosseria e da falta de educação. "Barbárie gera barbárie e disso queremos nos livrar e livrar o ambiente em que vivemos", enfatizou.

O ato foi realizado por artistas oriundos do Projeto Grafite Cidade (que retrata a cidade e as intervenções urbanas), da Escola de Bens Imateriais (EBI), do grupo Amplitude (que pinta cabeções nas caixas de telefone) e da Companhia Pã de Teatro Pesquisa Produção Artística e Cultural.

Com as armas que dispõem: pincéis, tintas-spray e outros adereços, além da criatividade, eles transmitem, através da arte, uma mensagem de paz. Além disso, fazem um chamado para que a cidade seja menos indiferente e omissa.



Vários artistas se reuniram para expressar, de forma criativa, a indignação frente à violência urbana.

Fonte: Diário do Nordeste.

terça-feira, 9 de março de 2010

BIAR - Video da "I Bienal Internacional de Arte de Rua de São Paulo"

A arte de rua é valorizada hoje como fenômeno digno de grande relevância no cenário da arte contemporânea mundial.

Bienal Internacional De Arte De Rua from Jared Levy on Vimeo.



Fonte:graffiti.org.br

segunda-feira, 8 de março de 2010

Daniel Melin no acervo da Choque Cultural



Daniel Melim nasceu em São Bernardo do Campo em 1979. Pós graduou-se em Artes Visuais, mas foi nas ruas do seu bairro que aprendeu a pintar, fazendo graffiti e intervenções urbanas, quase sempre associadas ao estêncil, técnica de pintura sobre máscaras com imagens vasadas.

low-tela-terror.jpg

A pintura de Daniel Melim é sempre estudadamente bem composta. Trata-se de um pintor formalista, preocupado com a composição, a distribuição das massas de cores, com a riqueza de texturas e com a impressão do processo em cada trabalho.

low-cocaine.jpg

O imaginário pesquisado por Melim, remete ao conforto de figuras retiradas de compêndios de clichês de publicidade antiga e simbolizam o mundo ingenuamente feliz, projetado pela propaganda.

low-caveira-na-renda.jpg

Mas o uso dessas imagens é, invariavelmente, crítico. O artista transforma os clichês em estêncils e os aplica, às vezes com ironia, às vezes desprezando a qualidade simbólica da imagem e ficando apenas com a textura proporcionada pelas manchas de tinta. Cria, quase sempre, resíduos de imagens borradas e desfocadas, quase desfiguradas e transformadas em ruido visual.

low-009-detalhe.jpgdetalhe

A nostalgia gentil das imagens aplicadas nas suas telas, contrasta com a energia liberada pela pesquisa estética da sujeira, proposta pelo artista. As texturas que impregnam cada centímetro da sua pintura, trazem a tona toda a beleza e a feiúra dos muros mal acabados e das construções pobres que inspiram o artista.

low-melim-spray-e-latex-sobre-madeira-2007.jpg

Daniel Melim transita pelo Pop das imagens publicitárias, dos letreiros e dos símbolos esteriotipados usados na propaganda. Transforma esses símbolos em elementos pictóricos, que passa a explorar como se fossem pinceladas na sua pintura. Tanto nas telas, quanto nos murais.

low-tela-no-estudio.jpg

No caso das intervenções urbanas, as texturas já estão prontas para serem usadas. O artista pesquisa os lugares que receberão as intervenções, olhando para a sujeira e o desgaste dos muros, provocado pelo tempo e pelo uso. Pátinas, rabiscos, pinturas descascadas, tudo vai sendo apropriado pelo artista e transformados em texturas e composições.

low-rua.jpg

A intervenção salta do mural para a instalação, numa ocupação sofisticada do espaço e dos signos urbanos. O artista propõe uma conversa aberta e estética com o transeunte desavisado, que se surpreende na sua rotina e desfruta a arte repentina.

low-rua-muro-sujo.jpg