domingo, 28 de fevereiro de 2010

Exposição OH! SÃO PAULO



Vernissage dia 03 de Março de 2010, às 19 horas na Galeria 3058 A de Anna Guerra, em São Paulo, com a participaçao do grupo de artistas:
DAN MABE, ENIVO, JERRY BATISTA, SLIKS, TCHÉ e ZUMI

O Coletivo OH! é um grupo mundial. Atualmente contam com núcleos no Brasil, Portugal, Inglaterra, Angola e Argentina totalizando 29 integrantes.

O Grupo OH! originou-se em 2005, no bairro de São Gonçalo, berço do graffiti carioca, na cidade do Rio de Janeiro.

A origem do nome vem da interjeição OH!, que muitas vezes é utilizado pelo espectador frente a uma obra de arte, traduzindo o sentimento de admiração, entusiasmo e até mesmo espanto. É essa a intenção do Coletivo OH!, causar impacto visual por meio de boas obras de arte em galerias e museus ao redor do mundo assim como em intervenções urbanas.

Informações/material:Dan Mabe

Galera do Rio!! Até Amanhã! Oficina de Graffiti vai oferecer bolsas

A Casa de Cultura Elbe de Holanda vai selecionar dez bolsistas para sua Oficina de Graffiti. As inscrições e a avaliação acontecem no local, no dia 2 de março, onde haverá prova prática e uma entrevista. Os interessados devem levar trabalhos de desenho, pintura ou fotografias, e carta com o pedido de bolsa. As aulas começam no dia 18 de março. O valor da oficina para os não-bolsistas é de R$ 60.

A Casa Elbe de Holanda fica na Rua Engenheiro Rozauro Zambrano 302, Jardim Guanabara - RJ. Telefone: 2466-0661.

sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

São Paulo ganha bienal de grafites e de pichações a partir de 2010

FERNANDA MENA
da Folha de S.Paulo

Foi o talento de jovens que insistiram em colorir os muros da cidade, à revelia de tudo e de todos, que colocou São Paulo no mapa da arte de rua.

Hoje, nas ruas ou nos museus, a capital paulistana é referência mundial quando o assunto é arte urbana. O sucesso dessa trajetória ganha agora um novo capítulo com o projeto da 1ª Bienal Internacional de Arte de Rua de São Paulo (BIAR), prevista para acontecer no segundo semestre de 2010.

O evento deve reunir sob um mesmo slogan -- o da arte de rua -- as várias linguagens estéticas da urbe: o grafite, o "pixo", os stickers (adesivos) e os lambe-lambes. A ideia é instituir no calendário cultural da cidade uma grande mostra que celebre essa produção contemporânea periodicamente.


Estêncil de Celso Gitahy, artista, grafiteiro, e um dos curadores do evento, em muro de São Paulo


A BIAR pretende explorar a história do grafite e expor painéis, instalações e vídeos no prédio que sediará o MAC (Museu de Arte Contemporânea) no Ibirapuera (antigo Detran). Ao mesmo tempo, o evento quer pulverizar trabalhos de artistas do Brasil e do mundo pela cidade, do centro às periferias de São Paulo.

"Serão convidados 50 artistas para expor trabalhos no museu e fazer intervenções por São Paulo", explica Rui Amaral, artista, idealizador e um dos curadores do evento.

"O espaço de dentro é o da reflexão. E aquilo que for produzido externamente é para ser deixado na cidade", conta ele. "A Bienal termina, mas os trabalhos permanecem."

Banksy, o grafiteiro britânico que se consagrou como o artista de rua mais famoso da atualidade, e o italiano Blu são prioridade na lista dos convidados internacionais. "O tamanho da BIAR, no entanto, vai depender do montante de recursos captados", diz Amaral, ele mesmo um dos pioneiros do grafite nacional, cujo traçado colore de azul, branco e amarelo o "buraco da Paulista" desde os anos 80 até os dias de hoje.

Fazem parte do corpo curatorial da BIAR Amaral, Celso Gitahy, artista e autor de "O Que É Graffiti", da coleção Primeiros Passos (Ed. Brasiliense), e os grafiteiros Binho Ribeiro, Ozi, Samir Muad, Tikka Meszaros e Tinho.

Além de convidados, o evento deve exibir uma seleção feita a partir de trabalhos inscritos, ter palestras e uma feira com objetos derivados da arte urbana, como peças de roupa e objetos estilizados.

Termos e gírias do Graffiti

* 3D - Estilo tridimensional, baseado num trabalho de brilho / sombra das letras.
* Asdolfinho - Novo estilo de grafite desenvolvido por americanos, no qual é visado a pintura animal.
* Backjump - Comboio pintado em circulação, enquanto está parado durante o percurso (numa estação por exemplo).
* Bite - Cópia, influência directa de um estilo de outro writer.
* Bombing - Grafite rápido, associado à ilegalidade, com letras mais simples e eficazes.
* Bubble Style - Estilo de letras arredondadas, mais simples e "primárias", mas que é ainda hoje um dos estilos mais presentes no grafite.
* Cap - Cápsula aplicável ás latas para a pulverização do spray. Existem variados caps, que variam consoante a pressão, originando um traço mais suave ou mais grosso (ex: Skinny", "Fat", "NY Fat Cap", etc).
* Characters - Retratos, caricaturas, bonecos pintados a grafite.
* Crew - "Equipa", grupo de amigos que habitualmente pintam juntos e que representam todos o mesmo nome. É regra geral os writers assinarem o seu tag e respectiva crew (normalmente sigla com 3 ou 4 letras) em cada obra.
* Cross - Pintar um grafite por cima de um trabalho de um outro writer.
* Degradé - Passagem de uma cor para a outra sem um corte directo. Por exemplo uma graduação de diferentes tons da mesma cor.
* End to end - Carruagem ou comboio pintado de uma extremidade à outra, sem atingir a parte superior do mesmo (por ex. as janelas e parte superior do comboio não são pintadas).
* Fill-in - Preenchimento (simples ou elaborado) do interior das letras de um grafite.
* Hall of Fame - Trabalho geralmente legal, mural mais trabalhado onde normalmente pinta mais do que um artista na mesma obra, explorando as técnicas mais evoluídas.
* Highline - Contorno geral de toda o grafite, posterior ao outline.
* Hollow - Grafite ou Bomb que nao tem fill (preenchimento) algum e, geralmente, é ilegal
* Inline - Contorno das letras, realizado na parte de dentro das letras.
* Kings - Writer que adquiriu respeito e admiração dentro da comunidade do grafite. Um estatuto que todos procuram e que está inevitavelmente ligado à qualidade, postura e anos de experiência.
* Outline - Contorno das letras cuja cor é aplicada igualmente ao volume das mesmas, dando uma noção de tridimensionalidade.
* Roof-top - Grafite aplicado em telhados, outdoors ou outras superfícies elevadas. Um estilo associado ao risco e ao difícil acesso mas que é uma das vertentes mais respeitáveis entre os writers.
* Spot - Denominação dada ao lugar onde é feito um grafite.
* Tag - Nome/Pseudónimo do artista.
* Throw-up - Estilo situado entre o "tag"/assinatura de rua e o bombing. Letras rápidas normalmente sem preenchimento de cor (apenas contorno).
* Top to bottom" - Carruagem ou carruagens pintadas de cima a baixo, sem chegar no entanto às extremidades horizontais.
* Toy - O oposto de King. Writer inexperiente, no começo ou que não consegue atingir um nível de qualidade e respeito dentro da comunidade.
* Train - Denominação de um comboio pintado.
* Whole Train - Carruagem ou carruagens inteiramente pintadas, de uma ponta à outra e de cima a baixo.
* Wild Style - Estilo de letras quase ilegível. Um dos primeiros estilos a ser utilizado no surgimento do grafite.
* Writer - Escritor de grafite.

Exposição

Exposição Deslocamento no Sesc Santana, traz fotos de um muro grafitado em 1994 por Osgemeos e outros: http://www.flickr.com/photos/sescsp/4390265358/

Muro da penitenciária do Carandiru, grafitado em 1994 por Osgemeos, Herbert, Speto, entre outros, é exposto em fotografias de Cacá Bernardes, no Sesc Vitrine, galeria de rua do Sesc Santana. Até 25/04, 24h por dia.

K.O.B. – King of Brasil.




1ª Batalha de Graffiti Nacional, o K.O.B. – King of Brasil.

K.O.B. será uma batalha de crews (turmas de graffiti), com no mínimo 3 e máximo de 5 integrantes.

Este evento vai acontecer de 25 a 28 de Março, no Centro de Exposições Imigrantes.
Inscrições encerradas.
http://www.kingofbrasil.com.br/evento/evento.html

História do Graffiti.


O vestígio mais fascinante deixado pelo homem através dos tempos em sua passagem pelo planeta foi, sem duvida a produção artística. Desta , a manifestação mais antiga, com certeza, foram os desenhos feitos nas paredes das cavernas. Aquelas pinturas rupestres são os primeiros exemplos de graffiti que encontramos na historia da arte. Elas representam animais, caçadores e símbolos muitos dos quais , ainda hoje , são enigmas para os arqueólogos , mas que de fato são significantes aos seres daquele contexto , como uma forma de expressão ou talvez transcrição do momento histórico. Não sabemos exatamente o que levou o homem das cavernas a fazer essas pinturas , mas o importante é que ele possuía uma linguagem simbólica própria. Nessa época os materiais utilizados eram terras de diferentes tonalidades, sucos de plantas, ossos fossilizados ou calcinados, misturados com água e gordura de animais. Hoje , usamos tintas em spray ou mesmo em latas , e não pintamos cervos e bisões , mas sim idéias , signos , que passam compor o visual urbano, talvez o contexto atual, decorrente de uma evolução, participante da arte também.


Grafite
ou grafito (do italiano graffiti, plural de graffito) é o nome dado às inscrições feitas em paredes, desde o Império Romano. Considera-se grafite uma inscrição caligrafada ou um desenho pintado ou gravado sobre um suporte que não é normalmente previsto para esta finalidade.Por muito tempo visto como um assunto irrelevante ou mera contravenção, atualmente o grafite já é considerado como forma de expressão incluída no âmbito das artes visuais, mais especificamente, da street art ou arte urbana - em que o artista aproveita os espaços públicos, criando uma linguagem intencional para interferir na cidade. Entretanto ainda há quem não concorde, equiparando o valor artístico do grafite ao da pichação, que é bem mais controverso. Sendo que a remoção do grafite é bem mais fácil do que o piche.

Fonte: http://www.cepeca.org.br/oficinadeideias/mundografitado/link_hitoriadografite_ok.html
http://pt.wikipedia.org/