quinta-feira, 2 de setembro de 2010

Nós da PHOTOFFITI conferimos!!!

Domingo passado dia 29 de Agosto a cidade de Santo André, no ABCD paulista, ganhou um pouco mais de cor em uma das suas áreas mais degradadas. Aproximadamente 200 artistas realizaram a “Intervenção Máxima”, um evento que teve como propósito alertar a população para a questão do abandono da cidade. O lugar escolhido foi uma antiga fábrica, na Avenida Industrial (próximo a estação de trem Prefeito Saladino), entregue ao descaso e ao mau aproveitamento há mais de 20 anos.

O local foi “desbravado” inicialmente pelo artista plástico Moisés Patrício, que ja vinha utilizando o espaço como um lugar de estudo e desenvolvimento de seus trabalhos há cerca de um ano. Solitário, Moisés encontrou lá um palco para uma futura intervenção artística, algo que se consolidou pouco tempo depois com a ajuda de outros colaboradores. Eles chegaram ao consenso de que o espaço poderia ser muito mais que apenas mais um lugar para pintar, e sim um manifesto contra o esquecimento. Dentre eles estão nomes conhecidos das artes visuais como Ozi e Celso Githay.

A fábrica escolhida, mais conhecida visivelmente por suas peculiares torres, atraiu de imediato a atenção de outros simpatizantes a partir do primeiro registro divulgado na internet, esse, por sua vez, o principal meio de comunicação do grupo atualmente.

Algumas incursões no local já foram feitas e contabiliza-se hoje que cerca de 80 artistas já passaram pela fábrica, como graffiteiros, pintores, fotógrafos, escultores, cinegrafistas, simpatizantes etc.

“O mais legal é ver que esse lugar virou uma galeria para a população, um alerta sobre o melhor aproveitamento dos espaços públicos, todos criando e gerando arte, livres de qualquer preconceito ou barreiras artísticas. É um movimento a favor da criação, uma celebração da arte”, afirma o “embaixador” do movimento, Moisés.

Aliás, é esse o principal objetivo da intervenção, aproximar o artista da cidade e a cidade da arte. Em um momento onde o cinza está dando lugar à cor, mas não a cor da arte e sim às agressivas cores das campanhas eleitorais, uma reflexão sobre o momento que passamos é mais que necessária.

E a procura de outros lugares não para em Santo André...
Quem souber de outros lugares em São Paulo e arredores, entre em contato.










1 ª Bienal Internacional Graffiti Fine Art


1 ª Bienal Internacional Graffiti Fine Art 03 de setembro a 03 de outubro



As intervenções urbanas sempre estiveram presentes na história da cidade, nos muros da Àgora, nos banheiros públicos, nas fotos de Brassaï, etc, mas nunca se difundiu de forma tão vasta quanto o estilo que surgiu intitulado como graffiti na NY da década de 1970. Com um estilo particular, associado ao hip hop e aos jovens dos bairros pobres da cidade, e com um procedimento transgressivo, não autorizado, varreu o planeta.

Não se trata apenas de uma corrente artística, mas de um movimento que se desencadeou ao redor do mundo conquistando os jovens que foram se desenvolvendo e, trocando informações, abraçaram o mundo com uma estética e uma estratégia de conquista de espaços jamais vista antes.

Partindo desse princípio, tendo o graffiti como uma linguagem de abrangência mundial, o MUBE realiza de forma inédita, uma exposição com artistas de renome internacional. Pela primeira vez reunindo o de fora, com obras em empenas cegas da cidade, ao de dentro, com obras no espaço museológico, ratificando o lugar engendrador da expressão: a rua. Retratando o graffiti numa linha que coloca em paralelo a expressão com outras manifestações artísticas ao longo dos tempos.

Durante todo o mês de setembro o público poderá apreciar os artistas pintando ao vivo, assistir a um ciclo de cinema com os principais filmes que influenciaram e ajudaram a difundir a cena do graffiti, além de participar das mesas de debates com profissionais, artistas e intelectuais de distintas áreas: teoria da arte, ong´s, mercado da arte, urbanismo e arquitetura.

Esta Bienal pretende chamar a atenção da sociedade para o que esta acontecendo nas ruas das grandes metrópoles, colocando o Brasil como referência inescapável para quem se debruça sobre a arte de hoje.

- Curadoria: Binho Ribeiro - Curadoria (Núcleo Histórico e Cinema): Walter Nomura (Tinho), Sérgio Poato e Sérgio Franco - Curadoria (Fotografia) - Flavio Samelo - Diretor de Arte: André Luis Carvalho - Coordenação Geral: Renata de Azevedo Silva - Produção: Fernando Lopes, Marcela Gonçalves, Marleni Dianni e Paula Neubauer. - Realização: Museu Brasileiro da Escultura